12 dezembro 2011

COMEMORAÇÃO DO DIA DA DOULA 18 DE DEZEMBRO !!!!

  

     
     Ter um dia para reflexão, incentivo e comemoração, voltado para a Doula favorece a expansão e importância de sua atuação. Cremos que a instituição desse dia vai possibilitar a ampliação do apoio das doulas às mulheres na hora do nascimento de seus filhos, especialmente na rede publica visto que em muitos as doulas não entram nas maternidades do SUS!!!
      Parabéns a todas as doulas por esta grande conquista!
      Mais passo no avanço da Humanização do Parto em nosso país!

      E na comemoração do Dia Estadual da DOULA em 18 de Dezembro, nasce a LIGA das DOULAS de SP. Será um dia especial, onde todas as familias que tiveram doulas, que simpatizam e incentivam o trabalho das DOULAS vão se reunir para um grande abraço no Parque do Ibirapuera !!!

06 dezembro 2011

Encontro de Apoio à Maternidade Ativa

com Suely Carvalho


Data: 06 de dezembro de 2011
Horário: das 19:00 às 22:00
Local: Morada da Floresta
Rua Diogo do Couto 47
Jardim Bonfiglioli, Sao Paulo, SP

11 - 3735 4085
    Suely Carvalho é  mãe, avó e bisavó, Parteira Tradicional há mais de 35 anos, herdou a Tradição das suas bisavós e avós. Fez formação em enfermagem. Fundou a ONG  C.A.I.S. do Parto com sede em Olinda-PE em 1991 e a Rede Nacional de Parteiras Tradicionais em 1996.
    Atende parto natural no domicilio, conduz a Roda de Casais Grávidos em Olinda, preparando os casais para o parto.
    Realiza cursos de Doulas e Instrução de Parto Natural no Domicilio.
    Desenvolveu a Trilha das Parteiras Griôs, para o turismo com base comunitária. Como mestra Griô, trabalha com crianças e jovens nas escolas, abordando temas como: a ancestralidade, sexualidade, prevenção das DST HIV e gravidez precoce.
    Orienta para a alimentação reguladora da saúde principalmente na gestação e pós parto, remédios naturais, rituais de fertilidade, rituais de energização e integração.




Para conhecer mais sobre as parteiras tradicionais com as quais Suely vem trabalhando, acessem o link para o documentário SEMPRE VIVAS PARTEIRAS
 
 
    Com a proposta política de expor uma das realidades do Brasil oculto, oito parteiras falam de suas experiências que, com linguagem simples, desmistificam a necessidade da presença médica no parto, demonstrando que o nascimento é um evento fisiológico e afetivo pertencente à família e a comunidade.
    Dirigido por Sandra Maciel, produzido pelo Movimento Curador com co-produção Limites, o documentário “Sempre Vivas Parteiras” é um registro audiovisual etnocientífico do trabalho das parteiras tradicionais, um patrimônio imaterial que precisa ser preservado.
    Elas nos contam as técnicas utilizadas no partejar, seus saberes sobre as plantas em relação a cura e métodos de estimulação para um bom trabalho de parto. Também são desveladas as relações do parto com a espiritualidade por meio de cantos, rezas e rituais.
Para compor o filme, a equipe gravou depoimentos de parteiras tradicionais da Chapada Diamantina (BA) e de Jaboatão dos Guararapes (PE), onde se destacam as lideranças naturais destas mulheres, que prestam grande serviço para suas comunidades.
    O Movimento Curador de Olinda - PE acredita nos processos de cura a partir de uma consciência ampliada de si e do outro e das questões sociais, culturais, ambientais e espirituais que envolvem o ser humano e apoia a luta das terapias brandas contra os cercos das industrias farmacêuticas, valorizando o conhecimento dos raizeiros, parteiras e curandeiras.
    Compreendendo a gravidez, o parto e o nascimento como eventos essenciais para a formação emocional e fisiológica dos seres, o Movimento Curador centra suas açoes na construção de espaços autônomos de formação do conhecimento de cura, parto tradicional e atendimento à comunidade para que testa possa ter acesso a esse conhecimento através de sistema de troca, criando uma brigada solidária de cura dentro da comunidade e levando para dentro de casa a autogestão da saúde.
    Apesar de historicamente associada às práticas ilícitas e, portanto, perseguida politicamente, ressalve-se que legitimidade desta medicina popular está hoje reconhecida legalmente e garantida como patrimônio imaterial pelo art. 216 da Constituição Federal.

28 novembro 2011

Próximo Encontro de Apoio à Maternidade Ativa com Maíra Duarte"Preparação para o parto, inclusão do companheiro e dicas ayurvédicas"

Data : 29 de novembro, terça-feira

Horário: das 19h00 às 22h00

Local: Morada da Floresta
Evento gratuito!
Programação:
19h00 Recepção
19h30 
Roda de apresentação entre as participantes
20h00 Início da palestra com Maíra Duarte


Local, informações e inscrições (para todos os encontros):


Morada da Floresta



Rua Diogo do Couto 47
Jardim Bonfiglioli, SP, SP
11 - 3735 4085
  11 - 2503 0036
e-mail para contato: contato@moradadafloresta.org.br



Maíra Duarte é uma terapeuta ayurvédica formada pela Escola Yoga Brahma Vidyalaya. Formou-se no curso avançado de ayurveda pela Academia Internacional de Ayurveda, na Índia e especializou-se nos cuidados ayurvédicos com gestantes. Doula e Educadora Perinatal formada pelo Gama (www.maternidadeativa.com.b r), trabalha com cura desde 2001 quando foi iniciada em Reiki, níveis I e II. Atende no espaço Vida de Clara Luz (www.vidadeclaraluz.com.br) onde realiza acompanhamento de gestantes durante a gravidez e no pós parto, oferecendo respaldo físico, emocional, massagens, práticas de respiração e orientações ayurvédicas. Acompanha partos em São Paulo (capital) como assistente de obstetras humamizados e de parteiras.

21 novembro 2011

Palestra aberta com Ana Cristina Duarte

Data : 22 de novembro, terça-feiraHorário: das 19h00 às 22h00
Local: Morada da Floresta
Evento gratuito!

Programação:
19h00 Recepção
19h15 Meditação para a gestação, com Ana Bach
19h40 Roda de apresentação entre as participantes
20h00 Início da palestra com Ana Cris

Ana Cris é obstetriz, educadora perinatal e palestrante na área de humanização da assistência ao parto. Formada em obstetrícia em 2008 pela USP/EACH, faz atendimento de pré-natal e parto domiciliar. Desde 1999 vem oferecendo a mulheres e casais grávidos informações, indicações de médicos, cursos e acompanhamento. Com a ajuda de outras mães, montou em 2001 o site Amigas do Parto, que busca oferecer informação de qualidade a gestantes e profissionais da assistência obstétrica. Em 2002, junto a outras doulas, fundou o site Doulas do Brasil, que ajuda mulheres e profissionais de todo o país a conhecer esse tipo de trabalho. É fundadora do Gama, Grupo de Apoio à Maternidade Ativa.
OBS.: Caso Ana Cris não possa estar presente devido à necessidade de assistir a algum parto, a reunião acontecerá normalmente e assistiremos a um vídeo de parto natural.

Local, informações e inscrições (para todos os encontros):


Morada da Floresta



Rua Diogo do Couto 47
Jardim Bonfiglioli, SP, SP
11 - 3735 4085
  11 - 2503 0036
e-mail para contato: contato@moradadafloresta.org.br

08 novembro 2011

Quarta-feira, 09 de novembro de 2011, das 14h às 17h
no Auditório da Faculdade de Saúde Pública da USP (Metrô Clínicas)
 
Parto (In) Seguro: Seminário Internacional sobre Segurança e Qualidade na Assistência ao Parto

Foto: Parto

O Brasil não tem conseguido reduzir a morbimortalidade materna, e enfrenta um aumento de nascimentos de bebês prematuros e de baixo peso. São resultados de problemas de vigilância, avaliação e planejamento das ações em saúde, todas permeadas por dimensões culturais.
Por meio do SUS, o país tem conseguido uma grande vitória que é a universalização do cuidado à saúde. Agora, é hora de dar atenção à qualidade e à segurança do cuidado.
Intervenções benéficas e seguras, como grupos educativos no pré-natal, presença de acompanhantes no parto, garantia da privacidade das pacientes, e recursos não-farmacológicos para alívio da dor, não têm sido oferecidos à maioria das mulheres, nem quando previstos em lei. Pesquisas brasileiras mostram taxas de depressão e estresse pós-traumático pós-parto mais alto que em outros países.
No Brasil, a assistência ao parto se caracteriza pelo uso excessivo de intervenções como cesáreas, episiotomias, fórceps e aceleração do parto com drogas. Tais intervenções podem levar a conseqüências adversas à saúde de mães e bebês: no curto prazo (período perinatal), e em alguns casos, com implicações para o resto da vida.
Estes aspectos do cuidado e suas conseqüências são problemas de segurança e de qualidade da assistência, e devem fazer parte dos sistemas de informação em saúde.
As Metas do Milênio propostas pela ONU, além de provocarem algumas transformações concretas, servem também como um tipo de diagnóstico da situação atual. A expectativa é de que a Meta do Milênio número 5 (redução de três quartos da mortalidade materna entre 1990 e 2015) não será alcançada, em nenhum estado do país.
A Faculdade de Saúde Pública da USP quer enriquecer este debate e, para isso, convida a comunidade para o encontro da Profa. Jane Sandall, do Reino Unido, com três especialistas brasileiras: Dra.Sonia Lansky, de Belo Horizonte, MG; Dra. Maria Esther Vilela, de Brasília-DF; e Dra. Simone Grilo Diniz, docente na FSP/USP. (Confira mini-cvs abaixo).

Como mudar este quadro? Venha discutir conosco!
 
Data: Quarta-feira, 09 de novembro de 2011
Horário: 14h às 17h
Local: Auditório João Yunes, Faculdade de Saúde Pública da USP
Endereço: Av. Dr. Arnaldo, 715 - São Paulo – SP (Metrô Clínicas)
Público alvo: Gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes, usuários da saúde, movimentos de mulheres
Inscrições gratuitas, certificados e informações: svalunos@fsp.usp.br
Ou acesse direto o formulário no link.
Haverá tradução simultânea.
Transmissão AO VIVO via IPTV-USP (em inglês) no link.

28 outubro 2011

Próximos encontros em novembro/2011!

Comunicamos que houve mudanças na programação das datas dos Encontros de Apoio ao Parto, devido a uma viagem importante e imprevista que a Ana Cris precisa fazer dia 1.º de novembro.


Segue a nova programação, sejam bem-vind@s!


8 de novembro, terça-feira
Palestra aberta com Vilma Nishi

Programação do encontro:

19h00 Recepção

19h15 Meditação orientada para gestação com Ana Bach

19h40 Roda de apresentação entre os participantes

20h00 Palestra com Vilma Nishi

22h00 Término das atividades

Evento gratuito!

 


Vilma Nishi conta sua experiência com Antroposofia, medicina chinesa, trabalho corporal, constelações familiares e gestalt-terapia na preparação psico-corporal de gestantes e no acompanhamento de partos, abordando a importância da continuidade desse trabalho no pós-parto.

Desde de 2002, Vilma Nishi atende partos domiciliares com excelentes resultados obstétricos promovendo, assim, a ideia de que a assistência ao parto normal em lugares não hospitalares, sendo amparada pelas recomendações da OMS e por uma série de evidências científicas, indicam que o ambiente acolhedor, o apoio emocional, a presença de familiares, o conforto físico e a privacidade facilitam a evolução fisiológica do parto normal.

Encontro promovido pelo Mami Butantã ( Movimento de Apoio à Maternidade Integral do Butantã -SP), em parceria com a Morada da Floresta com objetivo de oferecer apoio e informações sobre a gestação, parto,maternidade e paternidade.
OBS: Caso alguma paciente da Vilma entre em trabalho de parto neste dia, as (os) participantes serão comunicadas (dos) por email. Nesta eventual possibilidade o encontro acontecerá normalmente e assistiemos a o vídeo do Nascimento de Violeta Luz, Parto Rural na àgua.

Informações sobre meditação orientada para gestantes com Ana Bach


Ao praticar a respiração de um modo mais consciente podemos aprender a reconhecer como o ritmo de nossa respiração atua em nossos estados emocionais, mentais e energéticos.
A meditação pode auxiliar a gestante a conectar-se com a sua energia interior e profundar outros aspectos de si mesma.
É possível encontrar mais harmonia, integração com o feto, bem como enfrentar alguns dos incômodos da gravidez e  assim desfrutar do estado mágico  e sensível que  o gestar propicia a mulher.
Meditar é como voltar para casa, é permanecer no momento presente,
Nutrir a vida com mais energia vital.
Desenvolver confiança,
perceber as próprias necessidades
e gerar novos movimentos interiores e exteriores.

Ana Bach – Atua em clínica com atendimentos individuais, casais e famílias. Com ênfase em uma visão integrativa dos aspectos corporais, mentais, emocionais e espirituais. Trabalha com grupos em meditação, orientação profissional, vivências e oficinas criativas. Utiliza-se de técnicas da arte terapia, jogos dramáticos e psicodramáticos.Esses e outros recursos são resultado de aprendizados em trajetória pessoal como atriz, desde 1983. Hoje podem ser aplicados no espaço terapêutico e de terapia. anabach@gmail.com

22 de novembro, terça-feira

Palestra aberta com Ana Cristina Duarte

Horário: das 19h00 às 22h00
Local: Morada da Floresta
Evento gratuito!

Programação:
19h00 Recepção
19h15 Meditação para a gestação, com Ana Bach
19h40 Roda de apresentação entre as participantes
20h00 Início da palestra com Ana Cris

Ana Cris é obstetriz, educadora perinatal e palestrante na área de humanização da assistência ao parto. Formada em obstetrícia em 2008 pela USP/EACH, faz atendimento de pré-natal e parto domiciliar. Desde 1999 vem oferecendo a mulheres e casais grávidos informações, indicações de médicos, cursos e acompanhamento. Com a ajuda de outras mães, montou em 2001 o site Amigas do Parto, que busca oferecer informação de qualidade a gestantes e profissionais da assistência obstétrica. Em 2002, junto a outras doulas, fundou o site Doulas do Brasil, que ajuda mulheres e profissionais de todo o país a conhecer esse tipo de trabalho. É fundadora do Gama, Grupo de Apoio à Maternidade Ativa.
OBS.: Caso Ana Cris não possa estar presente devido à necessidade de assistir a algum parto, a reunião acontecerá normalmente e assistiremos a um vídeo de parto natural.

Local, informações e inscrições (para todos os encontros):



Morada da Floresta


Rua Diogo do Couto 47
Jardim Bonfiglioli, SP, SP
11 - 3735 4085
  11 - 2503 0036
e-mail para contato: contato@moradadafloresta.org.br

27 outubro 2011

http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=18819
 
Novos padrões para o nascer
 SYLVIA MIGUEL

Com participação da USP, pesquisa nacional sobre parto e nascimento questiona o uso indiscriminado da cesariana e alerta para seus efeitos nas mães e nos recém-nascidos

No Brasil, um dos principais argumentos utilizados a favor da cesariana e da episiotomia de rotina é que o parto vaginal provoca flacidez dos músculos, comprometendo a atratividade sexual das mulheres. O excesso de estimativa de risco fetal ou a dor materna também desencadeiam a demanda por cesariana. Mas também os horários e conveniência dos médicos, especialmente no setor privado, colaboram para a prática indiscriminada da cesariana. No setor público, um argumento usado especialmente na década de 1990 é que a cesariana aliviaria a lotação de leitos.

Um grande retrato da assistência em saúde no Brasil vem sendo produzido por um consórcio de instituições de pesquisa e ensino e revelará em breve a magnitude das intervenções rotineiras desnecessárias relacionadas ao nascer. Trata-se da pesquisa Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento, coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), com participação da USP e outras instituições de pesquisa e ensino do País. Ela pode ser conhecida em detalhes no site www.ensp.fiocruz.br/nascernobrasil.

Segundo a pesquisa, as práticas intervencionistas durante o parto ganharam terreno especialmente após a década de 1950, com a adoção da tecnologia como forma de acelerar, regular e monitorar o processo de nascimentos no Brasil. Com isso, estabeleceu-se um padrão, uma espécie de “linha de montagem” para nascimentos que, além dos procedimentos citados, disseminou o uso da ocitocina e outros medicamentos para induzir o trabalho de parto, a adoção da posição deitada para a parturiente, o uso de rotina do fórceps em hospitais-escola e a “manobra de Kristeller” (empurrar a barriga para forçar a saída do bebê).
Mesmo comprovado que tais práticas rotineiras, além de obsoletas, não constituem bom exercício da obstetrícia, a maioria dos obstetras não consegue abandoná-las, justamente porque constituem práticas que lhes foram passadas nos bancos universitários.

Do ponto de vista das pacientes, parece que as únicas opções possíveis, pelo menos no sistema público e privado de saúde brasileiro, seriam a escolha do “corte por cima” (a cesariana), ou do “corte por baixo” (a episiotomia).

A grande maioria das mulheres se submete a tais procedimentos por conta das informações deformadas que recebem dos próprios médicos, acreditando que esse ou aquele medicamento, essa ou aquela prática protegerão seu bebê. Ou seja, as parturientes assumem que o “médico está fazendo a coisa certa”.
Ainda pesa na falta de opções o fato de que a episiotomia é um dos poucos procedimentos cirúrgicos realizados sem qualquer consentimento prévio da paciente. Os médicos a realizam como “procedimento de rotina”. É bom ressaltar que o uso dessas tecnologias podem, comprovadamente, prevenir e reduzir danos à mãe e ao bebê, mas em casos muito específicos. A episiotomia seletiva, por exemplo, ou seja, aquela com indicação específica, traz maiores benefícios que o uso rotineiro, sendo indicada em situações de sofrimento fetal, quando existe ameaça de laceração perineal grave, quando o feto está em apresentação pélvica (virado), ou ainda quando há progressão insuficiente do parto.
 
No setor privado, onde 30% das mulheres dão à luz, a cesariana é realizada em mais de dois terços dos partos. A episiotomia em mulheres que dão à luz por via vaginal atinge a taxa de 94,2%, sendo 70% delas no serviço público, de acordo com dados da professora Carmen Simone Grilo Diniz, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

A sociedade e, principalmente, as brasileiras, nunca discutiram profundamente as consequências na saúde das parturientes e dos bebês e nem sequer foi feita, até hoje, uma conta dos custos hospitalares relativos aos procedimentos cirúrgicos desnecessários nas práticas obstétricas. O que existe atualmente nesse sentido no Brasil são movimentos e debates em torno da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (ReHuNa).
 
Motivações – Felizmente, pela primeira vez, o Brasil poderá fazer essa conta, ou seja, saber se, em se tratando de saúde pública, de fato se justifica a profusão de tantos procedimentos obstétricos sem indicação precisa. A pesquisa Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento permitirá conhecer a magnitude e os efeitos de intervenções desnecessárias como a cesariana em puérperas e recém-nascidos. Também será possível descrever a motivação das mulheres para a opção pelo tipo de parto e as complicações médicas durante o período do puerpério.

A Faculdade de Saúde pública (FSP) da USP, através do Departamento de Saúde Materno-Infantil, sedia a coleta de dados em São Paulo. “A pesquisa se iniciou em fevereiro de 2011 e deve ser finalizada em dezembro próximo”, afirma a coordenadora da coleta estadual dos dados, professora Camila Schneck, da Escola de Artes e Humanidades (EACH) da USP.

O edital convocado em 2009 pelo CNPq foi “provocado” por anseios de organizações civis e movimentos nacionais a favor da humanização dos partos no Brasil e contra a mutilação genital feminina, segundo a professora Carmen Simone Grilo Diniz (FSP), coautora da pesquisa.

Simone também coordena e monitora a coleta de dados da região Sudeste. O inquérito epidemiológico tem a professora Maria do Carmo Leal, da Fiocruz, como coordenadora-geral.

“A pesquisa traz inovações nunca estudadas em âmbito nacional. Conheceremos a magnitude da cesariana e de outras intervenções desnecessárias. Mas também poderemos relacionar os efeitos de gravidade pós-natal em mães e bebês decorrentes dessas intervenções, como também os efeitos de procedimentos ‘invisíveis’ no prontuário, como a manobra de Kristeller, por exemplo”, afirma Simone.

A amplitude das informações será possível graças à metodologia, que cruza a investigação de prontuários hospitalares com entrevistas de puérperas face a face no pós-parto imediato e por telefone 45 a 60 dias após o parto. Foram selecionados estabelecimentos de saúde nas cinco macrorregiões. Todos os Estados da federação participam, perfazendo um total de 23.580 pares de puérperas e conceptos.

Camila Schneck, da EACH, e Carmen Diniz, da Faculdade de Saúde Pública:
um retrato fiel da realidade brasileira no que se refere ao parto

13 outubro 2011

Próximos encontros

      Em parceria com a Morada da Floresta o Mami com alegria compartilha a programação dos próximos encontros. O objetivo destes encontros é proporcionar um ambiente que estimule reflexões e contribua para que as mulheres e casais recebam informação, apoio emocional e discutam suas dúvidas sobre gravidez,  parto e educação. A intenção é integrar a comunidade na busca por uma maior autonomia e autoconfiança durante a gestação, estando todos mais preparados para experiências de parto e maternidade ativas.
     Os encontros são dirigidos por doulas, parteiras e convidadas. Os conteúdos são abordados por meio de diálogos, histórias, imagens e vídeos, quinzenalmente na Morada da Floresta.
     Mami é um Grupo de Apoiado pela Parto do Princípio, Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa.

18 de outubro de 2011, terça-feira
das 19h30 às 22h00


Yoga Body Mind - Prática Para Gestantes
Com Prem Ananda (Patricia Franco)


Local: Morada da Floresta

Evento Gratuito. Vagas Limitadas! Faça sua reserva.

Yoga Body Mind para o nascimento e gestação é uma abordagem estimulante baseada nos principios de alinhamento corpo -mente, unindo a sabedoria antiga milenar do Yoga com pesquisas cientificas recentes no campo da consciencia corporal.
A prática irá explorar com profundidada a região da Pelve. A pelve tem importancia vital na gestação, é onde se localiza o centro da gravidade do corpo, é o recipiente que abriga o bebê, sustenta os orgãos internos da mãe e é a região anatômica através da qual irá passar no momento do nascimento.

Programação: 

19h30 - Recepção e roda de conversa entre as participantes
20h00 - Início da prática
21h30 - Término da prática
21h30 - Chá e partilha
22h00 - Término das atividades
Prem Ananda (Patricia Franco), é doula acompanhante de parto certificada pelo GAMA, estudou na School Body Mind Centering (MA -USA) sendo certificada como Educadora Somática do Movimento. Rolfista certificada pelo Rolf Institute. Especializou em Asthanga  Vinyasa  Yoga na Índia.

22 setembro 2011

Próximo encontro: 27 de setembro

Gestação, parto e pós-parto
Palestra aberta com a parteira Vilma Nishi
Vilma Nishi, enfermeira obstétrica antroposófica e parteira, conta sua experiência com antroposofia, medicina chinesa, trabalho corporal, constelações familiares e gestalt-terapia na preparação psico-corporal de gestantes e no acompanhamento de partos, abordando a importancia da continuidade desse trabalho no pós-parto.

Atuando há 35 anos com grupos de gestantes na preparação psico-corporal para o parto e nascimento, Vilma Nishi foi responsável técnica pelo projeto de implantação da Casa Angela que, junto à Associação Comunitária Monte Azul, propõe o estabelecimento de um modelo comunitário de assistência integral e humanizada à saúde da mulher, ao ciclo gravídico-puerperal e ao parto normal de baixo risco. Desde 2002 atende partos domiciliares com excelentes resultados obstétricos promovendo, assim, a ideia de que a assistência ao parto normal em lugares não hospitalares, sendo amparada pelas recomendações da OMS e por uma série de evidências científicas, indicam que o ambiente acolhedor, o apoio emocional, a presença de familiares, o conforto físico e a privacidade facilitam sobremaneira a evolução fisiológica do parto normal.

Data: 27 de setembro de 2011 – das 19h30 às 21h30 (terça-feira)
Local: Morada da Floresta - Rua Diogo do Couto, 47 - Jd. Bonfiglioli
Evento gratuito!

OBS: Caso alguma paciente da Vilma entre em trabalho de parto neste dia, o encontro acontecerá normalmente e assistiemos a o vídeo do Nascimento de Violeta Luz, Parto Rural na àgua.

Informações e inscrições:
Morada da Floresta
Rua Diogo do Couto, 47
Jardim Bonfiglioli - São Paulo (SP)
11 - 3735 4085
11 - 2053 0046 ou 11 - 2503 0038
www.moradadafloresta.org.br
contato@moradadafloresta.org.br

05 setembro 2011

Próximo encontro do grupo MAMI Butantã
Palestra aberta com o Dr. Walter Swain Canôas- Médico Homeopata e Obstetra

TEMA: ¨Os caminhos para a vida - possibilidades na vinda ao planeta¨

Dia 12/09 de 2011 - das 19:30 às 21:30- segunda-feira
Local: Morada da Floresta - Rua Diogo do Couto 47, Jd.Bonfiglioli,
Evento gratuito!
Informações e inscrições:
Morada da FlorestaRua Diogo do Couto 47
Jardim Bonfiglioli, SP, SP
11 – 3735 4085

11 - 2053 0046 ou 11 - 2503 0038
www.moradadafloresta.org.br
contato@moradadafloresta.org.br
Dr. Walter Swain Canôas é formado em Medicina pela PUC-Sorocaba, em 1989.
Especializou-se em Clínica Homeopática para adultos e crianças no Hospital Homeopático "David Castro", em São Paulo, em 1990.
Especializou-se em Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade São Paulo, em 1996.
Atuou como médico no Exército, em posto de saúde do Estado e Prefeitura, e na Associação Comunitária Monte Azul.
Atua em consultório particular desde 1990.

30 agosto 2011

O HÓSPEDE

 

O começo da gravidez incomoda mesmo,
demora um pouco para a gente se acostumar com o hóspede...
Às vezes a gente nem se lembra bem quando convidou o cara
e vai ver ele já está lá.
Eles comem nossa comida
(e na maioria das vezes reclamam, argh, que enjôo).
Dormem na nossa cama, chutam a gente e, o pior, por dentro!
Respiram até nosso próprio ar (acho que isso é o que mais faz falta)...
Vão aos poucos ocupando cada vez mais espaço, sugam nosso sangue.

Só que a gente vai se acostumando com o cara,
parece que quanto mais chuta, mais a gente vai amando
("olha, olha amor, tá mexendo, ai que lindo!!!),
vai se apegando e às vezes até acaba, no fundo,
não querendo que ele vá embora...
É como se ele já fizesse parte da família,
tanto quanto um rim, um estomago, um coração!
Quando sai dá um alívio, mas também um “vaziozim”...

Aí a gente tem que se acostumar com um novo hospede, tudo de novo!
Aquele já conhecíamos tão bem por dentro,
agora vamos ter que re-conhecer por fora...
Putz, se achávamos que o cara ocupava espaço, imaginem só agora...
Além de o cara continuar a comer nossa comida,
golfam em nós e ainda fazem cocô pela casa toda!
E descobrimos que enquanto eles dormiam na nossa cama até que era bom,
porque agora acabam ficando acordados enquanto deviam estar dormindo!
Ainda se trocassem uma ideia com a gente, se explicassem “qq tá pegando”...
Nossa, como uma coisa tão pequena pode ser tão barulhenta?!

Pelo menos o ar que era nosso temos de volta, só faltava isso!
E aí a gente ama, amaa, amaaa,
até muito mais do que se fosse um pedaço da gente mesmo.
E desse amor não esquecemos nunca, é para vida toda.
Filho até que é bom, o problema é que dura muito!

Adriana Natrielli
Mãe do Fábio (4anos), da Gabriela (2anos),
Ativista pela humanização do parto, doula e doutoranda em Filosofia – USP
Email- adrinatrielli@uol.com.br

22 agosto 2011

Histórico dos encontros passados

12/05 quinta-feira, às 19h30, na casa da Gina e Mariano
Tema: "Nasce Mami Butanta", com Adriana, Penélope, Monica Gina e Mariano

06/06 segunda-feira, às 19h30, na casa da Gina e Mariano
Temas: "O uso de fraldas de pano", com Monica Simas
             "Benefícios da meditação na gravidez", com Ana Bach

20/06 segunda-feira, às 19h30, na casa da Gina e Mariano
Tema: "Corpo, respiração e voz: o aqui e agora com nosso bebê", com Gina

01/07 sexta-feira, às 19h30, na casa da Lina e Camilo
Tema: "Plano de Parto", com Adriana Natrielli

15/07 sexta-feira, às 19h30, na casa da Gabriela e Rodrigo
Tema: "Quiropraxia  e Gestação" com Rodrigo
           Sorteio de calça Maria Barriga

29/07 sexta-feira, às 19h30, na casa da Gabriela e Rodrigo
Tema: "Medicina chinesa e gestação: acupuntura, meditação e tai chi", com Paulo Meirelles

13/08 sábado, às 10h, na academia Cia. Ativa
Tema: "A gravidez paterna e o pai no parto", com Adriana Natrielli

Sugestões de datas para próximos encontros: 12/09 a 17/09 ou 26/09 a 30/09
Sugestões de temas:
• Massagem e relaxamento na gravidez, no parto e no dia a dia de pais e mães (oficina cooperativa de técnicas para casais);
• "Plano de parto e preparação da casa para o nascimento, independente do local do parto - do início do trabalho de parto à chegada do bebê";
• oficina de mandalas com Ana Bach.

Data, horário e local são postados na agenda do blog na semana que antecede a reunião.

07 julho 2011

Workshop com o obstetra francês Michel Odent, em São Paulo (05/07/2011)

Por Adriana Natrielli


Michel Odent falou, com a tradução simultânea da parteira carioca Heloisa Lessa, sobre a falta de compreensão atual das necessidades das mulheres em trabalho de parto. Segundo o obstetra, essa falta de compreensão surge como resultado de condicionamentos culturais muito difíceis de serem superados. Odent sugere que chegamos ao “fundo do poço” com a negação da importância dos hormônios do amor no processo de nascimento, um impasse causado pelo uso freqüente da ocitocina sintética e pelos avanços técnicos que tornam a cesariana tão segura.

23 junho 2011

Relato visual de nosso último encontro

Dia 20 de junho estivemos reunidos e muito inspirados para debater e curtir as trocas sobre a maternidade e a paternidade e para entrarmos em contato com o corpo, com a respiração e com a voz. Como uma imagem fala mais que mil palavras, aproveite nossas impressões!

13 junho 2011

Lavando fraldas de pano

Esta é uma compilação das dicas de diversas pessoas que usam fraldas de pano com seus bebês. Servem tanto para a lavagem das fraldas de pano "de antigamente" (um pano quadrado branco, tipo gaze, coberto por uma calça plástica) como as "modernas" (em seus diferentes modelos e com absorventes de tecidos variados). De todo modo, também é legal buscar as instruções de lavagem dadas pelo fabricante de cada fralda especificamente.

08 junho 2011

Relato do encontro do dia 6 de junho de 2011

Olá, o encontro de Mami de ontem foi ótimo.

Tivemos a participação da Mônica nos explicando coisas importantíssimas sobre as fraldas de pano. Ela tirou muitas dúvidas e deu dicas práticas excelentes. Muito obrigada, Mônica.

Depois, Ana Bach fez uma experiência de meditação. Foi muito lindo: relaxar, compartilhar carinho com o nosso companheiro e o nosso bebê. Foi um momento fantástico. Muito obrigada, Ana.

06 junho 2011

Nasce Mami Butantã


A maternidade é um estágio da vida em que as sociedades se refletem
O ato de trazer uma criança ao mundo é relativamente simples. No entanto, a forma de lidar com todas as mudanças e novidades envolvidas nesse processo já é bem mais complicado. Para nossa sorte, podemos contar com a experiência e o conhecimento de quem já passou por isto.
A maioria dos seis bilhões de pessoas que moram neste planeta foram “maternados”.  Isso lhes confere uma experiência, um ponto de vista: o do filho. Para compreender a maternidade na sua totalidade é preciso viver o outro lado, o da mãe ou o do pai.